Quando tinha uns cinco anos de idade, lembro-me, segundo relatos de minha mãe, que meu pai certo dia teve uma visão, nesta visão uma voz dizia a ele: - Vai pega a tua família e vai até a sétima esquina de seu lar e eu te mostrarei a árvore da vida. Meu pai muito angustiado com a aquela mensagem resolveu verificar o que ela queria mostrar e por volta das 3 horas da manhã fui acordado e de camionete andávamos na madrugada de Maracaju/MS, quando ele chegou à sétima esquina de casa demos de frente com uma igreja evangélica, não se conformando e achando que tudo aquilo não passava de uma coincidência resolveu virar a esquerda e sete esquinas depois chegamos à outra igreja evangélica, ainda receoso decidiu virar a direita e para seu espanto chegamos em outra igreja evangélica sete esquinas depois do ponto onde estávamos. Na prática aquela experiência não valeu nada, pois meu pai não quis tocar naquela árvore e meses depois perdemos tudo o que tínhamos. O livro de Apocalipse capítulo 22 verso 2 diz: “No meio da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações”. Este texto nos mostra que essa árvore produz doze frutos e suas folhas são para saúde dos povos, no original a tradução mais adequada é a terapia para os povos, isso mostra que o fato de conhecer onde encontrar a árvore da vida não é o suficiente, devemos tocar em suas folhas e comer de seus frutos que são doze, um para cada mês do ano, ao meu entender podemos comparar com a Ceia do Senhor, que participamos de mês a mês.
Meu pai conheceu a árvore, mas seu coração estava apegado às coisas que ele participava no mundo, mesmo Deus o chamando para um compromisso, ou melhor, um relacionamento mais íntimo, Adão e Eva também conheceram a árvore da vida, mas Deus os afastou dela para que não a tocassem, nem comecem de seus frutos. Isso está relatado no livro de Gênesis capítulo 3 verso 22: “Então, disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente,”.
Mas afinal esses frutos e folhas são para depois da morte?
A bíblia diz em Mateus capítulo 5 verso 2 que: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus;” Pobre de espírito não é uma pessoa infeliz, pelo contrário ela pode ter coisas matérias, mas não se apega à elas, quando Jesus relata que é difícil para um rico entrar no seu, Ele não está fazendo acepção de pessoas, mas está dizendo que o coração do homem não deve estar apegado as riquezas mesmo que as possua, e o mais interessante é que ele diz no presente, “é”, Ele não disse será, pode ser, algum dia seja, Jesus disse que o reino dos céus é de quem é humilde de espírito, logo podemos viver o céu hoje!
Gosto de pensar no céu da seguinte maneira, suponhamos que a sua conta bancária ao término da leitura deste artigo receberá um depósito de R$10.000.000,00, todavia você só poderá sacá-lo no próximo mês, imagine só o que você poderia fazer com esse dinheiro, tenho certeza que seu semblante ficou mais alegre só de você imaginar isso, pois então, o céu está depositado na conta de quem tem o buscado e o fato de não podermos tocá-lo agora não nos impede de desfrutá-lo hoje, ou seja já podemos vivê-lo, ou será que as bênçãos de Deus só são para o pós-morte?
Tenho certeza que não, Ele não te criou para sofrer e nunca ter êxito, pelo contrário, os pensamentos Dele são de bem para conosco.
Se hoje ouvires a voz de Deus, não endureças o seu coração, não espere perder tudo para ir a árvore da vida escute a mensagem que meu pai não conseguiu ouvir.
Pb. Diogo Florêncio Sansalone serve na Igreja Evangélica Luz do Mundo de Sarandi
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